terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Um dia Poeta Ambulante e nada será como antes!



Nesse espírito de renovação e transformação nós começamos mais um dia de poesia nos transportes públicos da cidade. Nesta saída aconteceram diversos fatores diferentes das demais, pela primeira vez nosso trajeto foi maior de ônibus e, como nos bairros que nós passamos têm mais microônibus e lotação, nós tivemos que entrar neles mesmo, às vezes ficou apertado, mas em todos foi muito gostoso, uma energia diferente.

A poesia começou na Praça da Vila Joaniza, desta vez nosso grupo estava formado pelos poetas Americano Fidohenrique, Carolina Peixoto, Claudio Laureatti, Jefferson Santana, Marina Vergueiro, Mel Duarte, Paulo D'Auria e Thiago Peixoto, nossa fotógrafa ambulante Renata Armelin, o amigo João Claudio de Sena e a tv Unifesp que nos acompanharam fazendo vídeos e entrevistas durante todo o caminho.

Com megafone, os poetas iam andando pela praça, parando as pessoas que passavam, que esperavam o ônibus, declamando e distribuindo poesias. Como nos transportes, o sarau aconteceu em meio ao público, que olhava atento a cada poeta que começava soltar seus versos ao vento e à garoa, que já começava a ameaçar.

De perua, ônibus e microônibus nós fomos até o Terminal Santo Amaro. De carona nós embarcamos pela porta traseira e já anunciávamos nosso sarau e como todo ambulante que se preze, fizemos uma PROMOÇÃO para os passageiros: "uma poesia compra livro na mão do poeta" e os passageiros que declamaram uma poesia, falaram alguma mensagem ou cantaram alguma música ganhou um livro doado pela editora Conecta Brasil. E foi numa dessas que uma passageira fez uma linda homenagem pro seu namorado cantando Como é grande meu amor por você, do Roberto Carlos.

No metrô, os poetas Cauê Guerra e Priscila Mastro se juntaram ao nosso grupo e embarcamos na linha lilás sentido Capão Redondo. Diferente das outras ações em que sempre anunciávamos a entrada dos Poetas Ambulantes no coletivo, todos entraram e sentaram-se misturando entre os passageiros. Quando o metrô começou a andar um a um dos poetas iam se levantando e declamando sua poesia, então, depois que todos estavam de pé diversos saraus começaram a acontecer simultaneamente. Foi um momento incrível e os passageiros, em sua maioria, estavam encantados e maravilhados com o que estavam assistindo.

Descemos na Estação Giovanni Gronchi e não pudemos fazer nosso cortejo pelo bairro até o Verso em Versos, pois a chuva caia forte. De carona, só que dessa vez dos amigos, conseguimos chegar ao Espaço Comunidade.

O sarau começou com a apresentação do vídeo "Pelas Marginais", do João Claudio. Um belíssimo documentário que apresenta a urbanização na região da Marginal Pinheiros e traz discussões, depoimentos e dados históricos sobre a especulação imobiliária desde a década de 20.

Em seguida, com apresentação de James Lino, Jaime Diko e Carolina Peixoto, começou mais um Verso em Versos. Além dos poetas que participaram do microfone aberto, nosso coletivo se apresentou em meio ao público, com a presença das poetisas Lu'z Ribeiro e Mariane Staphanato, que não puderam acompanhar-nos durante o trajeto, mas abrilhantaram a nossa ação no sarau.

Nosso próximo destino será o sarau Sobrenome Liberdade! AXÉ

Um comentário:

  1. Diretoda Praça da Vila Joaniza, bairro referência em minha vida...Yervant Kissajikian nos viu passar...quem viu, viu...titio !

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