terça-feira, 28 de maio de 2013

9ª saída - Desitno: Sarau dos Mesquiteiros

No último sábado realizamos a nossa 9ª saída oficial pelos coletivos de São Paulo. O ponto de partida, dessa vez, foi a estação Osasco da CPTM, de onde fomos de trem, metrô e lotação até à zona leste, no Sarau dos Mesquiteiros, que acontece todo último sábado de cada mês, na E.E. Jornalista Francisco Mesquita, em Ermelino Matarazzo.

Começamos a jornada por volta das 15h, em sete poetas: Alex Jardim (Cabelo), Carolina Peixoto, Eduardo Dias, Lu’z Ribeiro, Jefferson Santana, Thiago Peixoto e Victor Rodrigues, além da nossa fotógrafa Renata Armelim, registrando cada reação provocada pelas poesias por nós disparadas. 

Pegamos a linha de trem sentido Barra funda, para fazermos baldeação na linha vermelha. Lá já encontramos mais uma ilustre poeta, que abrilhantou nosso time, a Luiza Borba, que nos acompanhou até a estação Guilhermina Esperança. Por meio da nossa voz, entoando diferentes poesias, Carlos Drummond, Giovani Baffô, Thiago de Melo, Mário Quintana, Victor Rodrigues, Miró da Muribeca, Paulo Leminski, Sérgio Vaz, entre outros poetas, contemporâneos e consagrados, se fizeram presentes no dia a dia das pessoas, despertando sorrisos e novos olhares à suas obras. 

O trajeto de lotação foi um capitulo a parte, entramos em três carros ao longo do caminho e, no último deles, tivemos o privilégio de conhecer o Eudis, o cobrador da lotação, que simplesmente adorou o nosso projeto. Em todas as paradas, enquanto declamávamos diversos poemas, ele anunciava às pessoas no ponto: “quem vai, lotação da poesia, tá vazio”, isso quando não declamava os versos recém decorados, do livro que acabara de ganhar, #PoucasPalavras, do Renan Inquérito. Todos achavam um máximo, davam risada, batiam palma, foi realmente incrível a energia dele conosco.

Ao chegar no ponto final, iniciamos o cortejo pelo bairro, rumo ao ‘Mesquita’. Megafone na mão, gogó afiado e: “Pra onde eu vou? Vou pro sarau!” o coro forte dos poetas foi invadindo os comércios e casas. Poucos instantes andando, uma feliz coincidência do outro lado da rua, avistamos o cortejo dos alunos do Sarau dos Mesquiteiros, liderado pelo professor Rodrigo Ciríaco e sua poderosa alfaia. Nos encontramos e unimos energia para continuar a andar, convidando a comunidade para participar do sarau de aniversário de três anos do Mesquiteiros, que tem uma característica muito bacana e marcante, as crianças e adolescentes se envolvem maciçamente, não só para declamar, mas na organização do evento também. O Sarau em si foi lindo, perfeito, nos apresentamos, assistimos diversos poetas ótimos e para finalizar ninguém menos que o Fernandinho BeatBox, um verdadeiro showman, que encerrou com chave de ouro.

Depois do show, e de comer bolo (óbvio), pegamos o caminho de volta. Para nossa sorte, quando chegamos ao ponto final da lotação que nos levaria ao metro Guilhermina esperança, encontramos o Eudis novamente, que fez questão de nos dar carona e mostrou que já tinha lido mais da metade do livro do Renan (que tinha ganhado poucas horas antes). Essa fome de poesia lhe rendeu mais um livro, dessa vez do poeta Thiago Peixoto, Embrionários versos revolucionários, que ao ver sua empolgação, autografou um exemplar na mesma hora e o presenteou. 

Foi tudo muito lindo, momentos bons de se viver, outros virão. 

Uma vez Poetas Ambulantes e nada será como antes.

quinta-feira, 23 de maio de 2013


Oficina Projeto Arrastão - Fotografia & Poesia 
(Turma Arte além dos Muros e Comunicação) - 08/05/2013
Equipe: Renata Armelin, Mel Duarte, Thiago Peixoto. 

   Antes de mais nada, eu (Renata) gostaria de pedir desculpas pelo atraso na postagem do material. As últimas semanas foram muito corridas e não tive a oportunidade de fazê-lo antes. Essa última turma com a qual fizemos a oficina era bem pequena - apenas 6 participantes - porém os resultados foram bem legais. Segue abaixo a proposta e o material produzido. 


O propósito nessa foto era sorrir de orelha a orelha. E, não é que saiu engraçadíssima? 
Turminha ótima essa! 


Descrição da proposta: 

   Da mesma forma que lemos poemas, ficção, notícias, também somos capazes de “ler“ fotografias. Enquanto na escrita o que importa é articular a linguagem para comunicar algo, conseguimos dar significado a uma fotografia se soubermos utilizar e organizar os elementos que a compõe.

   No primeiro momento, os participantes tiveram contato com uma ou duas fotos e frases relacionadas a elas. O coordenador da oficina mostrou aos participantes o quanto essas frases estão mais próximas ou distantes da linguagem poética, preparando-os para desenvolver a proposta. Em seguida, o coordenador expôs algumas imagens aleatoriamente. Em duplas, os presentes escolheram a imagem que mais lhes agrada e juntos tentaram produzir uma frase curta, relacionada a essa foto, empregando a linguagem poética. Executaram a proposta com o apoio do orientador e de sua equipe. O próximo passo foi a organização destas frases de forma a criar um poema coletivo. Com o grupo, o coordenador discutiu qual seria a melhor disposição das frases. Alguns voluntários leram o poema em sua versão final.
   Já no segundo momento, ocorreu o inverso. O coordenador usou uma frase ou um pequeno poema como mote para que cada dupla fotografasse, dentro do espaço em que estava, algo que estivesse relacionado com a frase/poema. Assim foram produzidas diversas imagens. No último momento da oficina, fizemos uma apreciação coletiva dos trabalhos produzidos. 


Resultados

1ª parte

"As ruas de barro com as de asfalto. Um muro alto que separa dois lados, de um a cascata na piscina, do outro os neguinhos atrás das minas."
João P. e José F. 

"Não importa o ângulo de uma árvore, ela está sempre no chão."
"Cada árvore carrega consigo um pedaço do Sol."
David Pereira Lima

"Que seja exaltada por Deus e iluminada. Que Ele abençoe todas as quebradas"
Davi

"Eu tô falando, eles olhando. Zé povinho sai da reta que meu bonde tá passando!"
Fabrício
"Olhando a arte de rua, vemos que não dá pra ficar sem ela. Pois a arte e poesia também são cultura"
Lucas Santana

Poemas Coletivos

 1

As ruas de barro com as de asfalto. 
Um muro alto que separa dois lados, de um a cascata na piscina, do outro os neguinhos atrás das minas.
Cada árvore carrega consigo um pedaço do Sol.
Que seja exaltada por Deus e iluminada. Que Ele abençoe todas as quebradas

 2

Não importa o ângulo de uma árvore, ela está sempre no chão.
Olhando a arte de rua, vemos que não dá pra ficar sem ela. Pois a arte e poesia também são cultura.
Eu tô falando, eles olhando. Zé povinho sai da reta que meu bonde tá passando


2ª Parte

"nuvens brancas passam em brancas nuvens"
Paulo Leminski
Foto: Davi Diniz

"Deus é todo mundo sorrindo ao mesmo tempo"
Parteum
Foto: Lucas e Fabrício

"Sendo sempre inteiro é fácil perceber onde não cabemos"
Artefato
João e José






segunda-feira, 20 de maio de 2013

Pra onde eu vou?! Vou pro Sarauuuuu


Esse é o grito do cortejo que os Mesquiteiros fazem pelo bairro convidando todos a participar do sarau que acontece todo último sábado do mês na E.E. Jornalista Francisco Mesquita.

Neste mês o sarau completará 3 anos e nós iremos invadir a festa deles com muita poesia. Partindo da Estação Osasco,  utilizaremos linhas da CPTM, metrô e ônibus durante o trajeto que nos levará até a escola, fazendo sarau, distribuindo poesias e doando livros.

Nosso encontro será às 14h na catraca da Estação Osasco da CPTM. Lá nós faremos nossa tradicional concentração, orientação, escrita de poesias e oração pra começar o dia. Após a chegada de todos embarcamos na linha diamante até Barra-Funda.

Da Barra-Funda fazemos baldeação para o metrô e embarcamos na linha vermelha até a estação Guilhermina Esperança, de onde iremos partir de ônibus rumo ao sarau.

Encontro: 14h
partida: 14h30 Estação Osasco
saída da Guilhermina: 16h30
destino: Sarau dos Mesquiteiros - E.E. Jornalista Francisco Mesquita - Rua Vanceslau Guimarães, 581.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Oficina de Trava-Línguas

Na última sexta-feira, 03 de maio, nosso coletivo voltou ao projeto Arrastão, só que desta vez, conhecemos o grupo do CCA, ficamos com a turma de 6 a 8 anos.

Iniciamos o encontro com apresentação de todos e um gostoso bate-papo sobre o trabalho dos Poetas Ambulantes dentro dos transportes. As crianças se mostraram encantadas e fizeram perguntas sobre as ações.

Em seguida falamos sobre a oficina que seria desenvolvida. Propomos uma discussão sobre o que é trava-línguas e perguntamos se eles conheciam algum. Então explicamos para ele o conceito de trava-línguas e suas características.

Dividimos a turma em grupos e distribuímos diversos travas-línguas para que treinassem e falassem. Depois de um determinado tempo os grupos apresentaram os trava-línguas que tinham sido selecionados para o restante da sala, foi a maior diversão.

Então propomos um desafio, ao sorteio de uma palavra, cada grupo deveria criar um trava-língua que tivesse a palavra sorteada. Os resultados foram ótimos, alguns grupos fizeram mais que um:


Palavra: RUA

A ratoeira arranhou o rato na rua e a aranha também.
O ramister bateu no rato na rua.
O ramister mora na rua.
O ramister gota de comer lixo na rua.

Bruno - Guilherme - Júlia - Wellington - Gabriel - Ian - Pablo

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Palavra: Garrafa

Rafa chutou a garrafa que agarrou a outra garrafa.


Vinícius - Thiago - Rodrigo - Isabel - Isabelle

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Palavra: Cravo

Trator cavou e plantou um cravo.



Duda - Stephany - Mariza - João - Miguel

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Palavra: Mole

Maria mole enquanto os alunos molengavam de fazer a atividade
Maria Mole molengava do que o molenga molengava.



Wesley - Carol - Daniel - Cauã - João Victor

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Palavra: Pedra

Pé de pedra pedreira no peito do Pedro é preto
e no samba da Tiririca
pimenta, pitanga, pipoca e pipa.

Lorrayne - Leandra - Tamires - Jennifer - Barbara - Renata

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E ainda, ganhamos diversos desenhos dos pequenos, como esta linda mensagem da Barbara:



 Adoramos a turma. Em breve TEM MAIS!